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A legislação europeia permite que os fabricantes desliguem o sistema de controlo de emissões quando se registam baixas temperaturas, de forma a evitar danos nos motores. A lacuna está na definição de baixas temperaturas e os fabricantes aproveitam para desligar o sistema mesmo quando não está frio. Os carros com o standard de emissões Euro 5 estão entre os que mais emissões de óxido de nitrogénio registaram nos testes da Emissions Analytics, uma empresa especializada ouvida pela BBC. Os carros com o standard Euro 6 tiveram um desempenho melhor neste capítulo, mas ainda têm discrepâncias entre as emissões no frio e no calor.
Se desligarem o sistema de controlo de emissões, os fabricantes conseguem fazer com que o carro percorra mais quilómetros, com menos combustível e registe menos emissões de dióxido de carbono. Por outro lado, esta opção faz com que o nível de emissões de óxido de nitrogénio (NOx) aumente, provocando uma maior poluição.
A Emissions Analytics conclui que os carros Euro 5 emitem 3,6 vezes mais do que o limite legal para Nox em temperaturas acima dos 18 graus e 4,6 vezes mais abaixo dessas temperaturas. Nos carros Euro 6, estes valores descem para 2,9 e 4,2 respetivamente. No patamar dos 4,2 há três modelos especialmente maus, mas a empresa não os nomeou.
Sabe-se que as autoridades europeias pretendem alterar a legislação sobre as emissões em 2017, mas essas alterações só se devem aplicar a modelos produzidos a partir dessa altura. Até lá, carros mais antigos e poluentes devem continuar a circular nas estradas.