Lembra-se de filmes como Jack ou The Curious Case of Benjamin Button? Nestas histórias, os protagonistas sofriam de uma doença genética que os fazia envelhecer de forma diferente da restante população. Agora, investigadores da NYU descobriram que existem formas de infetar dispositivos eletrónicos com versões digitais destes problemas genéticos.
O MAGIC, de Malicious Aging in Circuits/Cores, revela vários tipos de ataques que podem ser feitos, por exemplo, contra smartphones, de forma a envelhecer os seus circuitos, causando um desempenho inferior ou mesmo o seu fim antes de tempo, explica o Tech Crunch.
Alguns programas informáticos podem ser injetados nos circuitos eletrónicos dos telefones, causando um crash mais rápido do que seria expectável. Do lado dos consumidores, pode haver interesse neste tipo de mecanismos para ativar garantias e substituir o modelo atual por um outro mais recente, que a marca esteja a lançar. A ideia é pegar no telefone mais velho, instalar esta app e executá-la, aguardando que o telefone avarie para ativar a garantia e receber um modelo novo em troca. Do lado dos fabricantes, estes podem estar interessados em acelerar o ritmo de vida dos equipamentos em venda atualmente para lançar uma versão mais recente. Como os utilizadores começam a verificar que o modelo atual não está a ter o rendimento desejado, trocam mais facilmente para um modelo mais recente. Outra parte interessada neste tipo de tecnologias, pode ser o ramo militar. Entre paises, há constantes trocas e vendas de armas e material militar. Num cenário em que duas nações deixem de estar lado a lado, pode haver o interesse de injetar este tipo de software para deteriorar as armas vendidas anteriormente.
Os investigadores vão agora trabalhar em formas de mitigar este tipo de ataques.