O ano letivo de 2014-2015 entra para a história como o primeiro em que todas as faculdades da Universidade de Lisboa passaram a usar software que deteta plágios nas teses e trabalhos académicos de alunos. De acordo com o Diário de Notícias, a universidade lisboeta decidiu estender a todos os cursos o uso deste software que compara os trabalhos assinados pelos alunos com bases de dados internacionais, a fim de detetar plágios – e também evitar que algum desses trabalhos venha a ser aprovado sem que os serviços académicos o detetem.
O software Ephorus motivou mesmo uma deliberação do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, que recomenda aos professores especial atenção no que toca à vigilância sobre os trabalhos escritos pelos alunos.
O uso da plataforma originou mesmo a introdução de um novo procedimento: os alunos têm de assinar uma declaração em que afirmam estar cientes do uso do software e das consequências que a deteção de plágios pode ter no plano académico e legal (a lei pune o plágio com um máximo de três anos de prisão).
Em quatro anos, o Ministério da Educação só abriu sete processos relacionados com plágio, mas alguns estudos dão conta de taxas de 40% no que toca a plágios em trabalhos assinados por estudantes.