
A EyeSee dispõe de tecnologias que permitem inserir um anúncio interativo num vídeo visto na Internet. Será suficiente para ganhar a competição de startups do Digital Entertainment World (DEW), que se realiza a 11 de fevereiro em Los Angeles?
Mesmo que não ganhe, a EyeSee já garantiu a primeira distinção no evento: foi selecionada para a lista de 12 finalistas e é uma das duas únicas startups europeias presentes nessa lista. E, se mesmo assim não chegar para convencer potenciais clientes e investidores, pode sempre lembrar as duas patentes submetidas nos EUA e ainda o projeto que tem em vista a abertura de uma sucursal do outro lado do Atlântico.
«Há muitas empresas de publicidade digital, mas a nossa solução é única. Não há ninguém que consiga inserir publicidade, de forma automática e sem pré-produção ou pós-produção, em vídeos distribuídos na Internet», garante João Paiva, um dos responsáveis pela jovem empresa.
Além de não exigir a instalação de tags nos locais filmados (pré-produção) nem o envio de vídeos para estúdios especializados em pós-produção, a plataforma de gestão de inserção de anúncios em vídeos deixa em aberto novas estratégias de publicidade. «No limite, um homem pode estar a ver o mesmo vídeo da sua namorada e ver um anúncio diferente», acrescenta João Paiva, ilustrando o potencial desta ferramenta quando aliada à análise dos perfis dos internautas.
Durante 2014, a publicidade digital e totalizou 137 mil milhões de dólares de investimento a nível mundial e registou um crescimento de 15% face a 2013. É neste enorme bolo que a EyeSee quer garantir uma fatia: para já apenas conta com testes em grupos de média em Portugal. A participação na final dos DEW, um evento muito mediatizado e concorrido em termos de investidores, é encarada pela empresa lisboeta como uma chave para abertura de novos negócios.
Hoje, a solução da EyeSee já permite que um internauta pegue no rato ou num telemóvel e interaja com anúncios. João Paiva aponta para o desenvolvimento de novas funcionalidades que também poderão fazer a diferença no futuro: «Ainda não temos uma solução para vídeos transmitidos em direto, mas é algo que queremos desenvolver», promete João Paiva.