O BE tinha solicitado a audição dos criadores da plataforma CITIUS na Assembleia da República. O PCP juntou a esta proposta o pedido de audição das empresas que contribuíram ou intervieram no desenvolvimento da plataforma da Justiça (a Critical Software é uma das empresas). E o PS solicitou a audição do líder do extinto Instituto de Tecnologias da Informação da Justiça (ITIJ, hoje integrado no IGFEJ).
As três propostas tiveram um desfecho idêntico na Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias: esta manhã, os deputados do CDS e do PSD votaram contra a audição aos diferentes intervenientes no desenvolvimento e gestão da plataforma Citius.
Os deputados do PSD justificaram o voto contra a audição dos diferentes responsáveis do Citius com o facto de o processo de migração de processos e a eliminação de falhas estar ainda a decorrer. Ao que a Exame Informática apurou, os deputados do PSD admitem votar, no futuro, a favor de um pedido de audição – mas só quando o processo de migração do Citius ficar concluído.
Sem a ida ao Parlamento, o apuramento de responsabilidade das falhas que têm afetado a plataforma da Justiça mantém-se, por enquanto, na esfera do governo.
Nos últimos dias, a Ministra da Justiça Paula Teixeira da Cruz já fez saber que vai apurar as responsabilidades relacionadas com as falhas que estarão na origem do “crash” que afetou o Citius depois do migração exigido pela reforma do mapa judiciário.