
A atuação da Google conduziu à prisão de um utilizador que estaria a alojar imagens de pornografia infantil no seu computador. A Sophos questionou se a Google não estaria a fazer mais do que o seu papel enquanto fornecedor de serviço e se não estaria a violar a privacidade do utilizador.
Ao que tudo indica, a resposta a ambas as questões é não. O Gmail usa tecnologia que analisa os emails dos utilizadores em busca de palavras chave e expressões para mostrar publicidade direcionada. Da mesma forma, a empresa usa tecnologia, ou seja, não existe nenhum ser humano a vasculhar os emails dos utilizadores, para encontrar vestígios de pornografia infantil.
As grandes gigantes tecnológicas como Microsoft e Google, por exemplo, colaboram em várias iniciativas para combaterem este flagelo e evitar ao máximo que este tipo de conteúdos possa ser partilhado. A Microsoft, por exemplo, tem uma tecnologia que desconstrói e uniformiza todas as imagens para as analisar e identificar se contêm pornografia infantil. O PhotoDNA automatiza a deteção destes conteúdos e não precisa que sejam vistas as imagens originais, na medida em que as fotografias são divididas e categorizadas de acordo com a sua assinatura única.
Sabe-se que a Google usa uma tecnologia semelhante para identificar conteúdos em vídeo, com o objetivo de os remover da Internet e evitar a partilha. A Google tem também uma tecnologia dedicada à identificação de imagens e a empresa procede à remoção das imagens ilegais dos seus serviços, como o Gmail e as pesquisas.
A Google explicou que denuncia os abusos automaticamente e que fornece as provas necessárias para condenar os suspeitos que sejam culpados de partilhar este tipo de conteúdos.