De acordo com mais documentos revelados por Edward Snowden, as agências secretas usam informações recolhidas em apps consideradas vulneráveis, como os jogos ou as que permitem a partilha de fotos e da localização. Por exemplo, a NSA consegue recolher dados sobre a idade, locais de passagem, moradas e contactos e muito mais, só com a análise à utilização de uma app.
Sabe-se agora que a parceria entre a americana NSA e o britânico GCHQ para a espionagem de dados provenientes do segmento mobile está a decorrer desde 2007, mas que estes últimos anos têm sido os mais ricos, em termos de informação.
Segundo o The New York Times, esta recolha de dados nem sempre é útil: ao processar um mês de dados de telemóveis surgiram mais de oito milhões de potenciais suspeitos e foi necessário usar 120 computadores.
O ritmo de adoção dos smartphones e a popularidade crescente das apps faz com que este segmento seja considerado como uma mina de ouro. Em 2010, um slide interno apelida mesmo os Android e os iPhone de pepitas de ouro.
A maior parte dos dados recolhidos pelas agências são fornecidos com o acordo do utilizador, que aceita os termos e condições na altura da instalação da app. O Angry Birds, por exemplo, recolhe os dados dos utilizadores maiores de idade para construir perfis dos jogadores.