
O Startup Pirates é um curso – mas é também um concurso. Um curso porque tem palestras de especialistas na gestão da inovação e líderes de empresas inovadoras; e um concurso porque atribui prémios às duas ideias de negócio mais promissoras e à melhor ideia na área da energia.
O programa, que vai para a nona edição em Portugal, tem como principais características a formação intensiva (dura uma semana) e o facto de juntar pessoas que não se conhecem em torno de ideias de negócio que são apresentadas nos primeiros instantes. Um risco dispensável ou uma aventura capaz de mudar uma vida? Miguel Frade, membro da organização da Startup Pirates de Coimbra, dá a opinião: «São as pessoas que escolhem as equipas. E essas equipas partem de uma ideia de negócio em comum que, geralmente, foi proposta por alguém dessa equipa no início do curso. O facto de a equipa não incluir apenas a pessoa que teve a ideia inicial tem a vantagem de trazer novos pontos de vista e melhorias significativas a cada projeto».
Para evitar eventuais choques causados pelas relações pessoais entre empreendedores desconhecidos, o workshop inclui ainda aulas de team building e gestão de equipas.
A próxima edição do Startup Pirates, que se realiza no Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra entre 5 e 12 de outubro, vai arrancar, como já é costume, com a afixação de post-its com ideias.
Depois cada ideia é votada pelos participantes e são constituídas entre oito a 10 equipas de quatro ou cinco pessoais que deverão desenvolver as ideias mais votadas.
«Não há um foco numa determinada área de negócio. Trata-se de um programa que pode ser interessante tanto para projetos tecnológicos como outras áreas de atividade que não têm necessariamente de ser tecnológicas, mas que beneficiam da introdução de tecnologias e inovação», refere o responsável pelo Startup Pirates de Coimbra.
A Startup Pirates chegou a Portugal em 2011, tendo percorrido algumas das maiores cidades portuguesas. A par da formação, os mentores deste projeto que tem várias iniciativas em vários pontos do mundo estão apostados em criar um ecossistema com especialistas que acompanham os negócios ao longo da sua evolução.
O workshop Startup Pirates é organizado por uma entidade sem fins lucrativos, mas não deixa de ter um preço: 130 euros por uma semana de formação, algumas atividades extracurriculares e almoços incluídos.
No final, as ideias de negócio vencedoras do concurso garantem o direito a instalar-se, momentaneamente, em centros de incubação como o Curia TecnoParque, o Inopol ou EDP Starters, bem como vouchers de software de gestão, formação ou seguros de viagem.
Uniplaces e Foodzai são dois dos 12 projetos que já foram lançados pelos Startup Pirates em Portugal.
Miguel Frade recorda que as oportunidades de negócio não se esgotam nas escolhas do júri do concurso: «As equipas, mesmo sem ganharem prémios, garantem que saem do workshop com uma ideia suficientemente desenvolvida para avançar para um negócio».