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Os documentos que Snowden trouxe a público contêm informações cada vez mais bombásticas. Desta vez, o The Guardian explica como é que a Microsoft colaborou ativamente com a NSA e o FBI, fornecendo a desencriptação para as comunicações do Outlook.com ainda antes de o serviço ser disponibilizado ao público. A cooperação da empresa de Redmond estendeu-se a outros produtos e consta que a Microsoft tenha facilitado o acesso também ao SkyDrive, que conta com 250 milhões de utilizadores, e às comunicações feitas via Skype em todo o mundo.
Os dados recolhidos ao abrigo do programa Prism foram sendo partilhados entre as diferentes agências dos EUA, como a CIA, a NSA ou o FBI, naquilo que a NSA considera ser um «trabalho de equipa».
A defesa da Microsoft argumenta que a empresa tem de cumprir a legislação em vigor e que só fornece dados para «responder a exigências do governo e só atendemos a pedidos acerca de contas ou utilizadores específicos». A Microsoft, que lançou em abril uma campanha a defender a privacidade dos utilizadores, desmentiu o fornecimento destes dados. A Google, o Facebook e a Apple, que também terão tido práticas semelhantes, também rejeitaram estarem envolvidas, alegando estarem apenas a cumprir a lei.
A história de Snowden, como já foi publicado, é diferente. De acordo com o ex-espião, a NSA consegue obter dados diretamente junto destas empresas, sem necessidade de qualquer mandato judicial individual.
O Skype, por exemplo, oito meses antes de ter sido comprado pela Microsoft, já teria sido adicionado ao programa de espionagem Prism. Após a compra por parte de Redmond, o serviço continuou a figurar nas listas do programa, desde fevereiro de 2011.
O comunicado de resposta da Microsoft explica que a empresa tem de cumprir obrigações legais de cada vez que atualiza ou melhora os seus produtos. «Gostaríamos de poder debater este assunto com maior liberdade. Por isso é que solicitámos uma maior transparência, que ajudaria todos a perceber melhor e a debater estes assuntos importantes».