A compra de software da Microsoft foi aprovada em Conselho de Ministros realizado na semana passada, ficando orçada em 9,3 milhões de euros. O investimento tem em vista a atualização dos computadores do MAI durante o triénio de 2012-2014.
Em declarações reproduzidas pelo Jornal de Negócios,o fonte do MAI sublinha que o investimento permitiu poupanças de 700 mil euros face a contratos similares assinados com a Microsoft no passado. Além do custo inferior, o contrato anunciado agora prevê um aumento de 1.500 licenças e uma redução de custos, que decorre da integração de seis centros de dados numa única infraestrutura.
A ESOP diz que é a segunda vez que o MAI compra software da Microsoft sem lançar um concurso ou anunciar requisitos técnicos e legais para a apresentação de candidaturas. Em comunicado, a ESOP alega que o MAI investiu que, em 2009, 10 milhões de euros na compra de software da Microsoft, por ajuste direto. A associação de defesa do sofrware aberto diz que contactou, nessa altura, a Direcção-Geral de Infra-Estruturas e Equipamento (DGIEE) do MAI mas não conseguiu obter informação sobre o uso dado ao software da Microsoft ou sobre eventuais consultas ao mercado antes do processo de compra das licenças.
A ESOP exorta ainda Miguel Macedo, atual ministro da Administração Interna, a lembrar-se do tempo em que se encontrava na oposição e defendia o uso de software aberto como forma de reduzir a despesa pública.