O processo foi desencadeado pelo Departamento de Justiça dos EUA, numa altura em que os sistemas operativos Windows e as ferramentas Office dominavam o panorama tecnológico.
Passados 13 anos, o cenário mudou: a Microsoft tem sentido dificuldade em impor-se nos segmentos dos telemóveis e dos tablets, que por sua vez, passaram a ter na Apple a principal referência. Nos sistemas operativos, a Google tornou-se nos últimos anos uma alternativa a ter em conta com o lançamento do Android e, mais recentemente, do Chrome OS. Em contrapartida, a Microsoft nunca conseguiu tornar o Bing uma alternativa à altura do Google.
Todas estas transformações terão contribuído para que a juíza tenha deixado expirar este caso antimonopólio.
Segundo a Reuters, a juíza Colleen Kollar-Kotelly, do Tribunal de Columbia, já tinha tomado a decisão há cerca de um mês, mas só hoje é que o fim do processo foi conhecido.
Para a Microsoft, a notícia, apesar de ser um indício da perda de influência no setor das tecnologias, acaba por ser motivo de alívio.
O processo que estava a decorrer atualmente resultava de um recurso interposto pela Microsoft que, numa primeira sentença de 2000, tinha sido obrigada a dividir-se em várias empresas.
Coincidência ou sinal dos tempos que correm, hoje é a Microsoft que tem alertado para o risco de monopólio da Google na área das buscas e da publicidade da Internet. Esta ofensiva legal assumiu o auge com a apresentação de uma queixa formal contra o líder dos motores de busca na Comissão Europeia.
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