Governo pretende que a bancada parlamentar do PSD não inviabilize, em votação na Assembleia da República, o projeto que prevê o uso de matrículas eletrónicas nos veículos que circulem nas três autoestradas que vão abandonar o estatuto de SCUT. E para isso já deu início a negociações a fim de garantir que o segundo maior grupo parlamentar não vota contra a iniciativa governamental.
Segundo o Diário de Notícias, a situação é especialmente sensível: sem a aprovação no Parlamento, o Governo não pode avançar com o projeto de distribuição de matrículas eletrónicas e fica, assim, sem uma ferramenta indispensável para cobrar as viagens nas autoestradas Norte Litoral, Grande Porto e Costa da Prata, que vão abandonar o estatuto de "Sem Custos para o Utilizador".
O sentido de voto dos deputados do PSD pode revelar-se especialmente decisivo, numa altura em que os outros grupos parlamentares da oposição já deram sinais de poder votar contra.
Apesar de ainda estar sujeita a aprovação do Parlamento, a comercialização de chips identificadores foi anunciada ontem, tendo o início de comercialização sido agendado para 1 de Julho.
A negociação com a bancada parlamentar do PSD está ser liderada por Jorge Lacão, ministro dos Assuntos Parlamentares.
Entre os argumentos que podem determinar a alteração do sentido de voto do PSD, está o Programa de Estabilidade e Crescimento 2 (PEC2) que já contempla o fim das SCUT e foi aprovado com o apoio dos deputados do PSD.
A matrícula eletrónica tem por base a instalação, nos automóveis, de chips similares aos da Via Verde, da Brisa (quem já tem Via Verde não necessita dos novos chips).
O projeto do Governo prevê que, a partir de Julho de 2011, a circulação nas autoestradas portuguesas fique restringida aos veículos que tenham as matrículas eletrónicas (ou Via Verde) instaladas.
Concorda com as matrículas eletrónicas? Dê-nos a sua opinião.
***Este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico***