
Um relatório do governo australiano revela que a líder dos motores de busca apresentou objecções ao projecto de lei que visa limitar o acesso a conteúdos relacionados com pornografia, bestialidade, pedofilia ou incitamento de violência.
Segundo a Ars Technica, a Google lembrou que a aceitação dos filtros aplicados ao tráfego encaminhado para a Austrália poderia servir de justificação para governos de outros países fazerem o mesmo género de exigências.
A Google recusou qualquer comparação entre o regime democrático que vigora na Austrália e o sistema de partido único da China, mas ninguém duvida que a aceitação dos filtros na "maior ilha do planeta" tornariam insustentável a argumentação da líder dos motores de busca pela defesa da liberdade de expressão e informação.
A Google reitera ainda que apoia os governos que pretendem filtrar a pornografia infantil, mas lembra que o projecto de lei australiano vai muito além dos conteúdos pedófilos, havendo o risco de sistemas similares de censura poderem ser aplicados, no futuro, a outros tipos de conteúdos.
A Googleelevou hoje a fasquia do diferendo que vem mantendo com o governo chinês ao passar a direccionar o tráfego para Hong Kong .