O estudo realizado no Reino Unido conclui que os utilizadores de sites de partilha de ficheiros (P2P) ou de arquivos digitais livres gastam em média 77 libras (85,3 euros) por ano na compra de música distribuída pela via legal.
Este valor corresponde a 33 libras (36,5 euros) mais que a média das compras de música dos utilizadores que não recorrem aos sites especializados na oferta de música pirateada, informa o The Independent.
O estudo vem colocar uma nova questão sobre a estratégia a seguir no combate à pirataria.
Na semana passada, elementos do governo britânico anunciaram para 2011 a aplicação da lei que prevê o corte de acessos a piratas, após dois avisos.
Resta saber até que ponto ficam as editoras a ganhar com o corte dos acessos à Net usados pelos piratas, quando a Net até pode ser o factor que mais potencia o volume de vendas.
"A última abordagem do Governo (britânico) não favorece o restabelecimento de uma indústria musical que se encontra doente. Os políticos e as editoras têm de compreender que o consumo de música mudou, e os consumidores exigem cada vez mais preços baixos e acessos facilitados", defendeu Peter Bradwell, responsável grupo de análise que solicitou o estudo sobre as relações entre a pirataria e a compra de música legal à Ipsos MORI.
O estudo agora apresentado implicou um inquérito a mil pessoas dos 16 aos 50 anos de idade. Mais de 10% dos inquiridos revelaram-se piratas confessos.
Considera que a editoras podem ganhar a guerra contra a pirataria com os cortes de acesso à Net? Escreva a sua opinião.