Governo e operadores assinam memorando para fibra óptica

Ontem, o Ministério das Obras Públicas Transportes e Comunicações (MOPTC) anunciou a assinatura de um memorando de entendimento entre Governo e operadores de telecomunicações no que toca a investimentos e modelos de exploração das redes de nova geração (onde se destacam as redes de fibra óptica). Tendo em conta as recentes reuniões entre os quatro maiores operadores do mercado português, tudo levaria a crer que teriam sido ultrapassadas as divergências que impediam o implementação de uma rede única cujos investimentos e exploração seriam partilhados pelos vários intervenientes no mercado. De acordo com notícia do Público, Governo e operadores concorrentes não terão conseguido “convencer” a PT a enveredar por uma rede partilhada e deverão assinar um memorando (a assinatura do memorando está marcada para as 15h00, em Lisboa) que apenas fixa objectivos de investimento, mas dá liberdade a cada operador para escolher os seus modelos de negócio – o que, a confirmar-se, pode ser encarado como uma vitória da PT, o único operador que terá arcaboiço financeiro para avançar para a fibra óptica sozinho e que reiterou não pretender enveredar por uma infra-estrutura nacional partilhada com a concorrência. Com o memorando, os operadores comprometem-se criar 1,5 milhões de acessos de fibra óptica em Portugal até ao final de 2009. Segundo o Diário Económico, será necessário investir mil milhões de euros para criar uma rede de fibra óptica destas dimensões. Em contrapartida, aos 50 milhões de euros de benefícios fiscais já anunciados pelo Governo, juntam-se fundos comunitários para a implementação de redes de fibra óptica em zonas remotas do País, bem como a constituição de linhas de crédito de 500 a 800 milhões de euros para ajudar à instalação das novas infra-estruturas. As redes de fibra óptica têm merecido várias reuniões entre operadores . Desde Julho, que o Governo tem vindo a liderar o processo .