A Zero Latency, espaço que proporciona experiências de Realidade Virtual (RV) no UBBO Shopping Resort, começou a disponibilizar um novo jogo. Chama-se Undead Arena e é um título de sobrevivência. O conceito é simples: os jogadores são colocados numa arena e o objetivo é matar zombies, muitos zombies. Quem matar a maior quantidade destes mortos-vivos, é o campeão.

A experiência de jogo total dura cerca de 30 minutos, sendo que os jogadores fazem duas vezes a mesma arena. Com mais cerca de 15 minutos de tutorial e preparação, espere que a sessão ocupe, mais ou menos, 45 minutos. Na prática, Undead Arena vem substituir Zombie Survival, o jogo original com que a Zero Latency se estreou em Portugal e que partia do mesmo conceito de eliminar hordas de zombies.
Atualmente, a Zero Latency disponibiliza um total de cinco jogos diferentes: Far Cry VR, Sol Raiders, Undead Arena, Outbreak Origins e Engineerium + Singularity. O número máximo de jogadores por sessão é de 8 pessoas e a idade mínima são 13 anos. O preço é de €24,95 por pessoa, mas se já for cliente ou seguir a Zero Latency nas redes sociais vai ter acesso a códigos de desconto com relativa frequência.
A equipa da Exame Informática teve oportunidade de experimentar a Undead Arena e deixa abaixo umas breves impressões.
Sara Sá:
“Estamos sempre a tempo de uma primeira vez. No meu caso, foram várias ‘primeiras vezes’: jogar em realidade virtual, pegar numa arma e jogar com os meus queridos companheiros de trabalho. Confesso que a princípio achei que ia correr mal. Sentia-me desconfortável com o equipamento, a entrada no cenário, na plataforma estilo monta-cargas, criou-me alguma sensação de claustrofobia e a arma pareceu-me demasiado grande para as minhas mãos. Nos primeiros minutos em ação limitei-me a ir tentanto minimizar os estragos. Fui ganhando confiança, comecei a movimentar-me pelo espaço e no final já estava capaz de ficar por ali mais um bocado, a dar cabo das criaturas maléficas. Nunca pensei sentir prazer a disparar uma arma!”
Rui da Rocha Ferreira:
“Já vos disse que sou um crente da realidade virtual enquanto tecnologia que vai transformar o entretenimento nos próximos dez anos? O sistema da Zero Latency ganha pela forma como nos faz sentir mesmo dentro do jogo – sobretudo pela liberdade de movimento no mapa (o Paulo Matos andou mais de dois quilómetros!). Mas a minha parte favorita foi mesmo uma pequena rampa que, sabendo eu que estava a pisar solo firme e totalmente nivelado, me fazia fletir as pernas como se estivesse a descer uma rampa verdadeira. Ou quando sabemos que temos um zombie a ferrar-nos nas costas e temos tendência a contrair as omoplatas e a inclinar o peito para a frente. Gosto muito quando nos enganam o cérebro. E peço desculpa aos irmãos de armas envolvidos por não me ter calado dez segundos seguidos durante o jogo e à pessoa que faz a desinfeção dos óculos, pois aquilo fez-me suar!”
Sérgio Magno:
“Sou um fã confesso de jogar em realidade virtual e, por isso mesmo, foi com entusiasmo que entrei no espaço da Zero Latency. O processo de admissão e de briefieng é feito de forma profissional e simpática, sem ser demasiado longo, mas com a informação necessária. Mas é pena que não haja um pouco mais de espaço no lobby onde é dado o briefing. Quanto ao jogo, o nível de fluidez é assinalável, o que ajuda a reforçar a experiência de imersão. O kit que transportamos (óculos VR, computador, arma e headset) tem algum peso, mas não mais que o material de guerra simulado. Aliás, até considero que este material reforça o realismo da experiência. Os vários acertos possíveis permitem um bom nível de conforto. Quanto ao jogo propriamente dito, acho que há espaço para melhorias. Por exemplo, é possível passar entre plataformas (zonas ‘sem chão’) ou atravessar varandas sem consequências. Isto se nos conseguirmos abstrair da experiência RV, já que os nossos instintos dizem-nos para não o fazer e acabamos por respeitar, naturalmente, os obstáculos virtuais. Gostei do sistema de alertas que evita que choquemos com paredes e com outros jogadores. Mas gostaria de ter um pouco mais de espaço de jogo (uma sala maior beneficiaria a experiência). A performance global é elevada, com boa precisão na deteção das armas e dos jogadores. Os óculos RV têm um bom nível de definição, mas poderiam oferecer um pouco mais de amplitude. No global, gostei e recomendo!”
Paulo Matos:
“Uma bela forma de diversão em grupo. A Zero Latency tem jogos mais cativantes a nível gráfico, mas este é daqueles de assumidamente ‘desbunda’: as hordas de zombies chegam de todos os lados e é disparar incessantemente. E parabéns ao nosso ‘Rambo’ Rui, que teve resultados que o catapultaram para uma posição de destaque na tabela geral!”