A Google defende-se dizendo que o sistema de deteção deste tipo de vídeos assenta na denúncia de utilizadores e em tecnologia de auto-deteção. No entanto, segundo a NSPCC, o YouTube não terá feito o suficiente para remover os cartoons que mostram imagens de um YouTuber a demonstar técnicas para o suicídio. A Google, dona do YouTube, reforço que está sempre a trabalhar para melhorar o sistema e remover estes conteúdos o mais rapidamente possível. A BBC tentou contactar o YouTuber sem sucesso e perguntou à Google se o conseguiu fazer, também sem resposta.
A denúncia partiu de uma mãe num vídeo que o seu filho estava a ver no verão passado: ao fim de quatro minutos e 45 segundos, aparece um homem no ecrã a mostrar as melhores formas para se suicidar eficazmente. A mãe em questão é pediatra e revela que identificou cada vez mais crianças e jovens a aparecer com sintomas de danos auto-infligidos e tentativas de suicídio. O vídeo foi removido depois da denúncia, mas voltou a surgir online depois.
Tony Stower, responsável pela segurança infantil online na organzação de caridade NSPCC, afirmou que «os gigantes tecnológicos têm uma responsabilidade para proteger as crianças nas suas plataformas, mas o YouTube e o YouTube Kids falham constantemente ao lidar com vídeos perturbadores como este». A entidade apelou ao governo britânico que aprove legislação que obrigue as empresas a manter a segurança infantil online.