Hoje, há mais de 680 mil endereços registados no domínio de topo .pt. Para a associação DNS.pt, que gere e atribui os endereços .pt, chegou a hora de apontar para um objetivo maior: alcançar um milhão de endereços registados até 2016. Como é que esse objetivo vai ser alcançado? Através da mudança de regras de registos e com o lançamento de iniciativas que potenciam a proliferação de endereços.
Luísa Gueifão, líder da DNS.pt, confirma que, recentemente, deu início ao processo de alteração das regras de registo de endereços. Entre as novidades previstas, destaca-se a possibilidade de registo de endereços apenas com dois carateres – uma opção que durante os últimos 13 anos esteve interdita, e que regressa agora com o objetivo de eliminar eventuais entraves ao registo de endereços.
Nem todas as afinações de regras têm como prioridade a proliferação de endereços em .pt. A associação DNS.pt prevê criar algumas restrições ao registo de endereços relacionados com nomes de localidades, bairros ou cidades, a fim de evitar abusos relacionados com a toponímia.
A DNS.pt também está a preparar a interdição do registo de endereços que sejam similares aos novos domínios de topo genéricos (gTLD). Com a interdição, será impossível registar endereços terminados em .pt que sejam iguais aos sufixos usados pelos mais de 1300 gTLD entretanto registados. Um exemplo: o facto de o gTLD .book ter sido registado levará à interdição do registo dos endereços book.pt e book.com.pt, caso não tenham sido registados antes. Esta interdição pretende evitar abusos relacionados com os gTLD lançados pela ICANN (em Portugal, apenas a PT registou os gTLD ..meo e .sapo). Eis exemplo: o facto de o gTLD .book ter sido registado levará ao bloqueamento dos endereços book.pt e book.com.pt, caso não tenham sido registados antes).
Luísa Gueifão prevê que as alterações das regras de registo de endereço apenas sejam aplicadas em julho: «O conselho consultivo ainda vai ter de se pronunciar, mas estamos acreditamos de que dará um parecer favorável a estas alterações».
A par da alteração das regras de registo de endereços, a DNS mantém a expectativa quanto aos resultados de iniciativas que visam produzir o desenvolvimento de novos sites.
Com o Projeto 3em1, que junta 10 empresas especializadas e que oferece, sem custos, o alojamento e o registo de sites durante um ano, a DNS acredita poder fazer com que 60% dos endereços gerados pelas “empresas na hora” sejam renovados ao cabo de um ano (atualmente só 20% são renovados).
Além desta iniciativa, a DNS.pt mantém as esperanças quanto aos resultados produzidos por iniciativas como os prémios Sitestar, que visam premiar o desenvolvimento de endereços de sites em Portugal.
Ao cabo de um primeiro ano de vida da associação que sucedeu à Fundação para Computação Científica Nacional (FCCN) na gestão dos endereços .pt, Luísa Gueifão faz um balanço positivo e perspetiva mais iniciativas para os próximos tempos: «Este modelo de gestão participativo já deveria ter sido iniciado há mais tempo. A ACEPI e a DECO têm dado contributos muito válidos para a evolução da DNS.pt».