
O estudo foi feito junto de utilizadores do serviço chinês semelhante ao Twitter, o Weibo. Segundo Rui Fan e os seus colegas da Universidade de Beihang, a fúria espalha-se de forma mais rápida e mais abrangente do que as outras emoções. É natural que um tweet revoltado com alguma situação se alastre mais rapidamente e com maior alcance do que tweets que revelem tristeza ou alegria, noticia o Technology Review.
O estudo destes investigadores teve em conta 70 milhões de mensagens de mais de 200 mil utilizadores. Rui Fan construiu uma rede social entre estes utilizadores. Se fossem enviadas mensagens entre contas ou retweets, os utilizadores foram considerados como conhecidos um do outro. Para se assegurar que estava a lidar mesmo com conhecidos, só se atribuiu este estatuto a contas que trocassem mais de 30 mensagens durante o estudo. Finalmente, as mensagens foram divididas em quatro emoções: alegria, tristeza, fúria e nojo.
A tristeza e o nojo são as duas emoções que menos se espalham em rede. Por outro lado, a fúria é bastante mais contagiosa e chega a mais utilizadores, sendo partilhada entre mais contas rapidamente relativamente às restantes emoções.
Para os utilizadores chineses do Weibo, havia duas grandes categorias de mensagens: uma sobre os conflitos entre a China e outras nações e a segunda sobre os problemas internos do país, como a qualidade da comida, a corrupção e a demolição de casas para realojamentos.
Resta saber se os utilizadores ocidentais também adotam o mesmo comportamento.