O site Akapor.tk começou a operar às 13h00 de ontem. Passadas cinco horas, a associação que representa os clubes de vídeo portugueses, fez seguir um e-mail para um suspeito a dar conta de que pretendia avançar com um processo criminal por fomento da pirataria e por alegado abuso da marca Acapor. «Uma hora depois de enviarmos o e-mail, o site estava fechado. Não vamos avançar com o processo, porque o site não teve tempo de partilhar muitas coisas… e o que partilhou era tão insignificante que torna impossível estimar os danos causados», explica Nuno Pereira, presidente da Acapor, à Exame Informática.
Sobre como chegou ao suspeito, o responsável da Associação de Comércio Audiovisual de Obras Culturais e de Entretenimento de Portugal, não tece muitos comentários: «(o suspeito) não é propriamente uma pessoa muito reservada».
Por e-mail, Sprinkle, o porta-voz do grupo de defensores do download livre que criou o Akapor.tk e que já tinha lançado um servidor do Pirate Bay em Portugal, reitera a mensagem de arrependimento que passou a constar no site depois de encerrado: «o site fechou, visto que estava em causa o nome da Acapor».
«O autor do site faz um pedido de desculpas à Acapor pelo o uso abusivo do nome», acrescenta o jovem que apenas aceita comunicar com a comunicação social na condição de ser mantido o anonimato. Além do pedido de desculpas, o site Akapor.tk refere um estudo encomendado pela Comissão Europeia que terá concluído que a partilha de conteúdos pode ser benéfica para indústria cultural.
Sobre o caso, que acaba de dar por encerrado, Sprinkle comenta ainda: «Não sei como é que os clubes de vídeo continuam a pagar para uma associação que está interessada em combater sites piratas e pequenas guerras de nomes, em vez de colaborar e contribuir para a evolução económica do setor».