A notícia foi avançada ontem pelo The Washington Post: o worm Flame foi desenhado para fazer o mapeamento das redes informáticas do estado iraniano e obter dados úteis para lançar, posteriormente, um ciberataque contra as infraestruturas que suportam o programa nuclear do país dos Ayatollahs.
A Reuters, que confirmou a notícia junto de responsáveis da Agência Nacional de Segurança dos EUA, refere ainda que o Flame é uma criação que envolveu peritos da CIA e do exército de Israel.
Considerado como um programa malicioso de elevada complexidade, o Flame só viria a ser detetado pelas autoridades iranianos em maio. Os peritos em segurança não tardaram em relacionar o este novo worm com outro, que dava pelo nome de Stuxnet, e que foi usado em 2010 como ciberarma de sabotagem das infraestruturas do programa nuclear iraniano.
Pouco depois das primeiras notícias, o Flame autodestruiu-se, deixando algumas questões por responder.
Por não ser uma arma e ter por objetivo prioritário a recolha de informação, o Flame terá beneficiado de um regime menos restritivo, do ponto de vista legal e político, que aquele que geralmente é aplicado, nos EUA, ao uso de armas eletrónicas.