Concetta Antico consegue ver mais cores do que um homem ou mulher comuns. Esta artista impressionista italiana é uma tetracromata, ou seja, tem mais recetores para absorver cores nos seus olhos do que o comum dos mortais. Antico tem quatro cones (ao invés dos habituais três, que permitem ver um milhão de cores) ligados ao cérebro e consegue detetar até cem milhões de tonalidades, explica a Popular Science.
Os quatro cones ajudam a detetar mais cores, mas Antico, com o seu treino como artista, tem de ter o cérebro também melhor preparado do que o ser humano banal. A italiana tem os quatro cones conectados aos dois cromossomas X e ambos sofreram uma mutação. Assim, a artista faz parte do 1% da população que se julga ser tetracromata, ou seja, tem os quatro cones ligados ao cérebro. As diferenças entre Antico e um ser humano vulgar não são tão radicais quanto as diferenças entre um daltónico e uma pessoa que distinga cores.
Os três cones comuns detetam as cores vermelho, verde e azul, enquanto o quarto cone de Antico lhe permite ver tons mais avermelhados, alaranjados ou amarelados.
A genética fala mais alto do que as capacidades ou vontades humanas e, fruto da mutação que permite a Antico ver mais cores, a sua filha de sete anos é daltónica. Os investigadores que acompanham esta família dizem que as duas situações estão relacionadas com a mesma mutação nos cromossomas X.
Antico quer agora abrir uma escola de arte para daltónicos e criar uma plataforma online que ajude as pessoas a perceber se são tetracomatas ou não.