A Nvidia está a limitar a capacidade de mineração das unidades de processamento gráfico (GPU) RTX 3060, mas depois disponibilizou um driver, de forma acidental, que permite ultrapassar este bloqueio. A AMD, por sua vez, pretende tomar um caminho distinto: “A resposta curta é não. Não vamos bloquear qualquer tipo de carga de trabalho”, afirmou Nish Neelajonan, gestor de produto de videojogos da AMD. Esta é mais uma diferenciação entre as duas gigantes das gráficas.
A AMD acredita que a arquitetura RDNA2 e a Infinity Cache estão otimizadas para gaming e não para mineração, algo que se torna evidente quando se comparam GPU de topo de gama com esta arquitetura da AMD com as RTX 3080 ou as RTX 3090 da Nvidia. O Extremetech realça que ainda não se sabe também quanta manobra é que a AMD teria para bloquear atividades sobre as criptomoedas no Linux, dado que o driver usado pela empresa é de código aberto, com a Nvidia a poder exercer maior controlo provavelmente no seu lado.
A procura do mercado por opções que permitam minerar criptomoeda tem contribuído para a escassez de placas gráficas disponíveis para compra e, a longo prazo, podemos estar perante um cenário em que cada nova microarquitetura que surja, a cada dois a três anos, gere um período “de seca” no mercado durante 9 a 18 meses.
Há vários relatos de utilizadores que são financeiramente incapazes de comprar estes novos componentes, pelo que adiam a decisão de atualizar os seus sistemas e de outros que acabam a gastar muito mais do que esperado, pelo que é possível que as pessoas que tencionavam jogar em PC comecem a procurar alternativas de jogo noutras plataformas. Os dados atuais mostram que a falta de semicondutores começará a ser dissipada apenas no fim do segundo trimestre deste ano.
Uma possível solução pode envolver Intel, AMD e Nvidia a construir GPUs capazes de melhorar o desempenho em jogo e a performance por watt em gaming, mas que sejam muito más na mineração de criptomoeda.