A Sony anunciou uma nova câmara dedicada ao segmento profissional e a marca nipónica decidiu, como se diz na gíria, ‘meter a carne toda no assador’. A Sony Alpha 1 – nome deste novo modelo – é um autêntico chorrilho de características de topo e com um preço igualmente exorbitante: custa 7300 euros, a pré-venda arranca nesta quarta-feira e a chegada ao mercado deverá acontecer em março.
“Há cinco anos provavelmente não pensavam em nós como um fabricante de câmaras para profissionais”, começou por dizer Pierrick Masson, da área de marketing da divisão de imagem digital da Sony Europa, numa apresentação para a imprensa na qual a Exame Informática participou. Mas neste período de tempo, a marca desenhou máquinas de topo para responder a diferentes necessidades: umas mais focadas na resolução, outras mais na capacidade de focagem e outras mais orientadas para a produção de vídeo.
Com a Sony Alpha 1, o objetivo é claro: reunir numa única máquina o maior rol possível de características técnicas para que esta seja ‘a’ máquina que os fotógrafos precisam de ter consigo, quase independentemente do trabalho que vão ter pela frente.
A Sony Alpha 1 está equipada com um novo sensor full frame de 50,1 megapíxeis (ainda assim menos do que os 61 megapíxeis da Sony A7R IV), um novo chip Bionz XR que é oito vezes mais rápido na capacidade de processamento, capacidade de disparo contínuo até 30 frames por segundo (fps), capacidade de cálculo de focagem automática (AF) e de exposição automática (AE) de 120 fps, focagem automática em 92% do campo de visão e 759 pontos AF, capacidade de gravação em 8K a 30 fps (10-bit 4:2:0) e em 4K em 60 e 120 fps (10-bit 4:2:2), suporte para vídeo 16-bit via exportação HDMI, estabilização de cinco eixos no corpo da câmara, obturador anti-distorção, intervalo ISO de 100 a 32000 (expansível de 50 a 102400), novo formato de imagens em RAW (lossless compressed) para ficheiros mais pequenos e com uma elevada retenção de informação, focagem com rastreamento para pessoas e animais (em foto, só pessoas em vídeo), visor eletrónico OLED com mais de nove milhões de pontos e uma taxa de atualização de 240 Hz… pelo menos no papel, a Sony foi ‘com tudo’.
“A Sony Alpha 1 é uma única câmara sem compromissos para entregar a melhor performance em cada ocasião. Garante uma velocidade de disparo e uma resolução extraordinárias ao mesmo tempo. Com este novo conceito, tens as melhores características, a melhor ferramenta para cada situação. Para nós é o início de uma nova linha de pensamento” , sublinhou ainda Pierrick Masson.
Seja fotografia de desporto, fotojornalismo, fotografia de natureza, retratos ou produções comerciais, esta câmara deverá garantir um desempenho de topo em cada uma destas situações, defende a marca. A Sony diz ainda que até para arquivo documental a Alpha 1 pode ser usada, graças ao modo Pixel Shift Multi Shooting, que junta uma composição de 16 imagens para criar uma fotografia com 199 megapíxeis (!) e 17.280×11.520 píxeis de resolução.
Perante tamanho potencial audiovisual, a autonomia, o armazenamento e a transferência de dados são elementos que a Sony também não descurou. A bateria deverá ser suficiente para 530 disparos (usando o ecrã) ou 430 disparos (usando o visor eletrónico), mas a marca não disse, por exemplo, qual a autonomia esperada em gravação 8K. A Sony Alpha 1 suporta ainda dois cartões CFexpress Tipo A em simultâneo (assim como cartões SD) com opção para usar um como backup de outro. E suporta ainda várias ligações físicas: HDMI (tipo A), USB-C (3.2) com velocidades de transferência até 10 Gbps, microUSB e até uma porta Ethernet. Há ainda entrada de áudio de 3,5 milímetros e também uma dedicada para microfone. O suporte para Wi-Fi está garantido com duas antenas MIMO.
Já no que à dissipação de calor diz respeito, a marca garante que a Sony Alpha 1 ‘aguenta’ pelo menos 30 minutos de gravação em 8K/30 fps ou 4K/120 fps.