Os Core i9-10900K são os processadores de 10ª geração da Intel para computadores de secretária e apresentados pela fabricante como o processador para gaming mais rápido do mercado. A marca não deve ser usada noutros mercados fora dos EUA, com a Intel provavelmente a optar pela assinatura ‘Elite Real World Processor’ ou ‘Processador de gaming mais rápido da Intel’.
Segundo a descrição da fabricante, este componente apresenta 10 núcleos, 20 threads e opera a até 5,3 GHz. Sem revelar detalhadamente as especificações técnicas, a Intel diz que esta solução permite obter mais fotogramas por segundo (FPS) face às gerações interiores em vários jogos e é mais rápida na edição de vídeo 4K. A Intel ‘foge’ também das comparações diretas com as soluções Zen 2, de 7 nanómetros, da AMD e opta por mostrar diferenças de desempenho em várias situações face a soluções de computadores com três anos em média. A colaboração com as criadoras de jogos também merece destaque nesta apresentação. O foco do discurso da Intel passa pela velocidade de relógio e pela performance em single thread, almejando atrair os gamers que podem esperar ganhar mais alguns milissegundos de tempo de reação, lembra o ArsTechnica.
A nova geração de chips da Intel é compatível com o socket LGA1200 (em vez do LGA1151), pelo que os utilizadores interessados em mudar terão de trocar de placa-mãe também. Nas novidades dos novos chips estão algumas opções extra para quem pretenda afinar alguns parâmetros na Extreme Tuning Utility e, na série i9, surge a Thermal Velocity Boost, uma funcionalidade que adiciona 100 MHz durante curtos períodos de tempo, geralmente quando a CPU está a frio. Quanto à RAM, há o suporte a DDR4-2933 o que, embora sendo uma melhoria face à geração anterior, ainda fica atrás da DDR4-3200 dos AMD Ryzen 3000.
Os vários modelos disponíveis
A nova família tem 32 modelos disponíveis com as seguintes classificações mais generalistas: série K são CPU overclocked e desbloqueadas, série F não têm GPU integrada e série T estão afinadas para ter TDPs (de Thermal Dissipation Power) mais baixas.
Os Pentium Gold e Celeron são as soluções de entrada de gama da família de 2020, com preços a rondar os 42 e os 86 dólares, tratando-se de chips dual-core, sem Turbo boost ou tecnologias relacionadas e com velocidades de relógio fixas entre os 3,4 e os 4,2 GHz.
Nos i3 e i5, há três modelos para cada um, com quatro e seis núcleos, respetivamente, além de hyperthreading. As velocidades de relógio oscilam entre os 3,6 GHz e os 4,1 GHz e com o boost chegam a 4,3 a 4,8 GHz. Nos i3 não há variantes K ou F, enquanto nos i5 de entrada há uma variante F e no topo de gama ambas as K e F. Os preços vão dos 122 aos 262 dólares.
Os topo de gama i7 e i9 são onde existe menos complexidade e mistura desta vez, com apenas um chip de cada uma: Os i7-10700 e i9-10900 estão disponíveis em todas as cinco variantes possíveis: base, K, F, KF e T. O topo de gama i9 tem dez núcleos e 20 threads, enquanto o i7 inclui 8 núcleos e 16 threads e os preços vãos dos 298 aos 488 dólares.
No que toca a TDP, a Intel disponibiliza quatro possibilidades: 35 W, 58 W, 65 W e 125 W.
Com os dados disponibilizados pela Intel é difícil traçar uma comparação direta com a rival AMD, mas tendo em conta que mudar para esta nova geração de chips implicaria também uma mudança da placa-mãe, não parece que esta troca seja muito rentável, em termos de custo-melhorias de desempenho proporcionadas.