A fabricante é a HMD Global, mas a marca é Nokia. E o que tem a Nokia para apresentar no Mobile World Congress de 2018, em Barcelona? São cinco as respostas possíveis – ou não tivesse a HMD lançado cinco novos telemóveis que correm em sistemas operativos Android. Nokia 8 Sirocco, Nokia 7 Plus, Novo Nokia 6, Nokia 1 e, por fim, o regresso do Nokia 8810, já sem Matrix e Keanu Reaves para darem um empurrãozinho comercial, mas com o histórico (algures na viragem do milénio) formato de banana.
As datas de estreia também já são conhecidas: o topo de gama Nokia 8 Sirocco deverá chegar às lojas no início de Abril com um preço médio de retalho de € 749. O Nokia 7 Plus tem um preço médio de retalho de €399, mas só chega em maio. O novo Nokia 6 desce um degrau na gama de telemóveis da marca, e isso reflete-se no preço: €279. Deverá ser lançado também em maio. O Nokia 1 sai em abril e o preço médio de retalho não vai além dos €69 euros. Por fim, a banana (ou melhor, Nokia 8810); chega em maio e tem um preço médio de 79€.
Em comunicado, Florian Seiche, Presidente da HMD Global, defendeu o histórico que permitiu à Nokia tornar-se a última das grandes marcas europeias a dominar um segmento da indústria eletrónica à escala mundial como uma aposta estratégica que já começou a somar proventos: «No ano passado, por esta altura, iniciámos a nossa jornada com enormes expectativas por parte dos fãs e uma enorme responsabilidade de manter o legado dos telefones Nokia. Desde então, reintroduzidos alguns dos ícones mais adorados, estabelecemos alianças com novos e antigos parceiros e proporcionamos uma experiência Android pura, segura e atualizada em todos o nosso portofolios de smartphones. No ano passado produzimos mais de 70 milhões de telefones Nokia».
Longe vão os tempos em que a Nokia era rainha e senhora de um malogrado sistema operativo que dava pelo nome de Symbian. Com o apogeu dos telemóveis inteligentes que se comportam como verdadeiros computadores de bolso, a marca de origem finlandesa tem um lugar bem na barricada do Android da Google – e tudo leva a crer que não sairá de lá tão depressa.
Leia mais abaixo as principais características dos novos cinco telemóveis da Nokia.

O 8110 reintroduz o design “so 90’s” com a curvatura da banana, e o componente do bocal deslizante. Não se sabe o que Neo, do Matrix, pensaria deste regresso (o modelo original estreou em 1999, à boleia do filme). Dispõe de Smart Feature OS, e não tem acesso às apps de Android habituais. A HMD pretende colmatar a lacuna com uma loja de apps específica. Processador: Qualcomm 205 Mobile Platform, 512 MB de RAM; armazenamento: 4GB. Autonomia máxima 25 dias, em standby. Está disponível em preto ou em amarelo.

O Nokia 8 Scirocco é um topo de gama e por isso o design não se distingue muito da sobriedade dominante no segmento. Está equipado com lentes Zeiss, dispõe de grande angular e sensor secundário de 13 MP. No som, o dispositivo distingue-se por ter acústica Nokia Spatial Audio. Moldura de aço inoxidável com dois milímetros de espessura. Processador: Qualcomm 835; armazenamento: 128 GB; memória: 6GB de RAM. Em vez de entrada para o jack 3,5 disponibiliza USB-C ou Bluetooth.

O Nokia 7 Plus tem o mesmo sistema de câmaras que o Scirocco, mas distingue-se pelo acabamento em cerâmica. Processador: Snapdragon 660; Memória; 4 GB de RAM; e Armazenamento: 64 GB. Tem um ecrã de seis polegadas em 18:9.

O Nokia 6 está equipado com processador Qualcomm 630, pode ter três ou quatro GB de RAM. No armazenamento, as opções são: 32GB ou 64 GB. Tem um sensor de impressões digitais na traseira e uma câmara Zeiss de 16 MP.

O Nokia 1 é o típico telemóvel acessível e jovial. Dispõe de Android Oreo Go, otimizado para dispositivos com 1 GB de RAM ou menos, acesso à Google Play e possibilidade de trocar de capas. Cada capa Xpress-on deve custar 7,99 euros.