Agora que o iPhone 7 e o Watch 2 são oficiais, a primeira conclusão a tirar é que a Apple tem cada vez mais dificuldades em guardar segredos. Talvez porque a data de apresentação tenha sido tão próxima das datas de chegada ao mercado. É já a 16 de setembro que os novos iPhone 7 e 7 Plus vão chegar às lojas de muitos países, Portugal incluído.
O destaque vai para a nova câmara. Mais do que os píxeis – e são 12 milhões – a Apple sublinhou as funcionalidades e a qualidade extra. A empresa garante que esta é a melhor câmara «jamais feita para um smartphone», apresentando características como um grande intervalo dinâmico, elevada sensibilidade à luz e a capacidade de captar muito mais cores do que o habitual. Durante a apresentação, a Apple chegou a comparar as novas câmaras a modelos profissionais. Nada que já não tivesse feito em apresentações anteriores.
As melhorias vão ser mais visíveis na versão Plus, onde vão ser usadas duas câmaras com duas lentes, uma com grande angular e outra com zoom de 2x. Na app há um botão para controlar o zoom: a partir das 2x passa a ser zoom digital, mas a Apple garante que a qualidade de imagem é elevada graças ao software utilizado. Foi sublinhada a funcionalidade conhecida como Sneak Peek, que permite captar objetos no primeiro plano com grande nitidez e destacá-los dos cenários de fundo, que estão desfocados. E vai funcionar em tempo real, enquanto o utilizador se prepara para enquadrar a foto.

O iPhone vai continuar disponível em dois tamanhos de ecrã: 4,7 e 5,5 polegadas
Nada disto é novo no mercado, mas resta saber se a Apple conseguiu fazer, como garante ter conseguido, melhor que a concorrência.
Mais inovador é, sem dúvida, o botão Home, que deixou de ser um “interruptor” para ser mais um touchpad. É háptico, para que o utilizador sinta a ação que executou, e suporta vários níveis de pressão que podem ser usados para lançar diretamente apps e outras funcionalidades.
Inovador é também a confirmada remoção da saída para auscultadores. A Apple não foi a primeira a fazê-lo, mas os responsáveis da empresa sentiram necessidade de justificar bem esta decisão. A principal razão: não vale a pena ocupar espaço valioso com uma ligação que só serve para áudio, recordando que já existem no mercado vários aparelhos de áudio que recorrem à interface Lightning. E a caixa dos novos iPhones vai incluir não só uns headphones com esta interface como um adaptador para quem usa auscultadores tradicionais.
Como é habitual, o desempenho esteve evidente. O novo processador, denominado A10 Fusion, é apresentado como muito mais rápido que o anterior. O suficiente para «executar jogos com uma qualidade ao nível das consolas». Aliás, os jogos foram um dos destaques principais da apresentação: Shigeru Miyamoto, um conhecido autor de jogos da Nintendo, ajudou Tim Cook e companhia, apresentada uma demo de Super Mario para iPhone.
Watch: muitos e para todos os gostos
O Watch 2, ou melhor Series 2, já tem GPS para que os atletas possam registar os percursos sem terem de levar o iPhone. E pode mergulhar até 50 metros de profundidade. Não tem, como alguns rumores chegaram a indicar, câmara para o Facetime. Mas está disponível em muitas versões, incluindo com caixa em cerâmica, com braceletes Hermès e em versões Nike para desportistas. Considerando depois as variações ao nível de cores e de braceletes, há, literalmente, dezenas de modelos diferentes por onde escolher. Mais ainda se incluirmos o Series 1. Sim, o primeiro Watch continua disponível. Ou melhor, um Watch 1 renovado, já que o processador desta versão passa a ser o mesmo utilizado nos Series 2, o chip S2.
E todos podem correr o novo Pokémon Go! Criado especificamente para os relógios inteligentes da Apple. Os preços começam nos 349 euros, para o Series 1, e nos 449 euros para os Series 2. Chegam ao mesmo a Portugal que os iPhones 7: 16 de setembro, com reservas a partir de dia 9.
