![E-M5MarkII_SLV_right_LCD-180_backside_tilt-low_M1240_BLK.0.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/12/3089325E-M5MarkII_SLV_right_LCD-180_backside_tilt-low_M1240_BLK.0.jpg)
![E-M5MarkII_BLK_back.0.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/12/3089324E-M5MarkII_BLK_back.0.jpg)
![_OMD0049.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/12/3089314_OMD0049.jpg)
Foto com ISO 800
![_OMD0125.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/12/3089315_OMD0125.jpg)
Foto com exposição de 1 segundo sem tripé
![OMD00092.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/12/3089316OMD00092.jpg)
ISO 3200
![_OMD0005.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/12/3089317_OMD0005.jpg)
Foto “pintura de luz” com exposição de vários minutos com Live Bulb (vê-se a imagem a formar-se no ecrã)
![_OMD0024.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/12/3089318_OMD0024.jpg)
ISO 1600
![_OMD0041.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/12/3089319_OMD0041.jpg)
A segunda versão da Olympus OM-D E-M5 melhora alguns dos pontos mais fortes da câmara e traz algumas novas funcionalidades que respondem às tendências atuais. E, como tem sido habitual na Olympus – uma das marcas que mais inovação traz para a fotografia digital – há uma novidade tecnológica.
A Exame Informática esteve na apresentação internacional da M5 Mark II onde foi possível experimentar a câmara durante algumas horas, o que resultou nesta primeira análise.
Sem tripé
A Olympus foi a primeira marca a apresentar um estabilizador de imagem de cinco eixos, que permite compensar movimentos em todas as direções e sentidos. Atualmente, já existem câmaras de outras marcas com esta tecnologia, com destaque para a Sony, mas o que já era muito bom tornou-se ainda melhor. Com uma capacidade de estabilização anunciada de 5 Stops (mais um que na primeira Mark II), a verdade é que conseguimos obter fotos isentas de problemas sem recorrer a tripé com tempos de exposição que seriam impensáveis há alguns anos (fizemos fotos com um segundo de exposição).
O resultado do estabilizador é ainda melhor em vídeo. Durante o teste, filmámos com a câmara em movimento rápido e o resultado fica muito próximo da utilização de câmaras profissionais com sistemas de estabilização sofisticados de vários milhares de euros. Realmente impressionante.
A capacidade de mover o sensor com grande precisão é utilizada numa nova funcionalidade: fotos de 40 MP a partir do sensor que é de “apenas” 16 MP (mesma resolução da primeira M5). Os píxeis extras não são obtidos à custa de interpolação, mas sim através de múltiplas exposições com o sensor em posições ligeiramente diferentes. Isto significa que as fotos de 40 MP só podem ser obtidas em condições específicas, nomeadamente com a utilização de um tripé.
Vídeo: agora a sério
Apesar de a Olympus continuar a dizer que a E-M5 não é uma câmara profissional, mas sim uma máquina apontada aos amadores entusiastas, a verdade é que esta câmara tem características que apelam aos profissionais. Sobretudo àqueles que têm um orçamento reduzido (a E-M5 II tem um preço indicativo de €1099,90) e/ou procuram um sistema compacto – por utilizar o formato Micro Quatro Terços, as objetivas também são significativamente mais pequenas que as equivalentes criadas para câmaras full frame ou APS.
A resistência do corpo a água e a pó e as funcionalidades vídeo são um bom exemplo disso mesmo. A Mark II traz várias opções em termos de formatos de gravação vídeo, com os modos 24p, 25p, 30p, 50p e 60p. Tanto em Full HD como em 720p. Melhor ainda, a câmara tem entrada para microfone externo, cujo volume pode ser controlado durante a gravação, saída HDMI com qualidade integral, taxas de gravação de até 51 Mbps com compressão IPB e até 77 Mbps com compressão All-I, deteção de focagem por contraste (focus peaking) e até time code. Opções de sobra que, associadas ao estabilizador já mencionado, abrem um mercado muito interessante para a Olympus no segmento do vídeo.
Convence
Confessamos que não ficámos particularmente entusiasmados quando a Olympus anunciou as características técnicas da M5 Mark II. No papel, a câmara não parecia significativamente melhor que a antecessora.
Mas a nossa opinião mudou drasticamente após a utilização da câmara. Não porque a qualidade de imagem seja melhor – mantém-se idêntica à anterior M5, M1 e M10 –, mas porque a câmara está mais agradável de utilizar e as novas funcionalidades fazem, de facto a diferença. E o facto de a qualidade de imagem não ter melhorado não é necessariamente mau, porque a qualidade já era e continua a ser muito elevada, de nível profissional.
O visor eletrónico maior, o ecrã articulado (que, ao contrário da SLR, pode ser usado sem qualquer impacto sobre o desempenho), a velocidade de disparo contínuo, as muitas opções do vídeo, o excelente estabilizador de imagem, a ergonomia dos comandos físicos… A M5 Mark II é, na realidade, uma câmara completamente nova e não apenas uma evolução da anterior. Uma câmara que merece ser encarada seriamente até pelos profissionais, embora a Olympus continue a dizer que esse não é o público-alvo da M5.
Gostámos de tudo? Não. Apesar do menu de acesso rápido ser eficiente (para as opções mais utilizadas), os menus se segundo nível continuam a ser pouco amigáveis – não se percebe como é que a Olympus mantém a interface há tantos anos. Também gostaríamos de ver uma saída para auscultadores diretamente na câmara. Mas, no global, ficámos muito entusiasmados e com vontade de voltar a testar a câmara, desta vez para a análise completa.