Eis que finalmente a Nvidia apresentou os primeiros processadores gráficos (GPUs) com tecnologia Fermi. O GTX480 e o GTX470 são baseados no mesmo chip, o GF100 com um total de 512 unidades de processamento. Estão unidades estão divididas pelos 16 Streaming Multiprocessors (SMs), que, por sua vez, constituem os Graphics Processing Clusters (GPCs). Existem quatro SMs em cada GPC. Todos estes elementos partilham, entre outros componentes, seis controladores de memória e memória cache de segundo nível (768 KB). É uma arquitectura semelhante às arquitecturas utilizadas pelos supercomputadores, o que resulta numa capacidade de processamento teórica impressionante. Entre 1,5 a 3,5 vezes mais desempenho do que o GeForce GTX 285, o anterior GPU topo de gama da Nvidia.
O bom e o melhor
O GeForce GTX 480 pretende ser o processador gráfico mais rápido do momento, destinando-se a placas gráficas de topo, com um preço recomendado de 449 euros (preço de referência da Nvidia). Apesar de o chip incluir 512 unidades, apenas 480 estão activas por razões de gestão do processo de fabrico (a complexidade do GPU faz com que seja muito difícil obter chips perfeitos, com todas a unidades funcionais). A frequência global do chip é de 700 MHz, embora as 480 unidades referidas funcionem a 1,4 GHz.
As GeForce GTX 480 vão ser fornecidas com 1536 MB de memória GDDR5 a 1848 MHz sobre um bus de 384 bits (seis controladores de 64 bits cada).
A potência máxima requisitada por estas placas é, segundo a Nvidia, de 250 watts, o que requer a utilização de dois conectores de energia, um de seis pinos e outro de oito pinos (obrigatório).
As GeForce GTX 470 destinam-se a um segmento de preço ligeiramente inferior (concorrentes das Radeon HD 5850) e vão custar cerca de 350 euros (preço de referência da Nvidia). Precisam de dois conectores de energia de seis pinos.
Estas placas "apenas" tem 448 núcleos de processamento activados, a funcionar a 1215 MHz (frequência global do GPU de 607 MHz). A memória é de 1280 MB GDDR5 sobre um bus de 320 bits.
Tanto as GeForce GTX 470 como as GeForce GTX 480 incluem duas portas DVI e uma porta mini-HDMI.
Aposta no DirectX 11
A Exame Informática esteve presente, em exclusivo nacional, na apresentação da Nvidia, onde tivemos a oportunidade de experimentar as placas nos jogos mais recentes e exigentes. Os benchmarks que fizemos parecem confirmar que as GeForce GTX 480 são as placas mais rápidas do momento, sobretudo em DirectX 11.
A Nvidia finalmente apostou nesta interface de desenvolvimento da Microsoft e deu uma especial atenção ao tessellation, uma técnica que permite aumentar muito o número de triângulos ou outros elementos que formam a geometria dos objectos apresentados.
Surround e 3D
As placas das AMD já suportavam a expansão do ambiente gráfico em até três monitores, para criar um efeito de surround. As novas GeForce da Nvidia são capazes de fazer o mesmo, mas vão ainda mais além, já que suportam, em simultâneo, a tecnologia 3D Vision. Ou seja, se o utilizador adquirir os óculos 3D da Nvidia, pode jogar utilizando até três monitores, todos eles com imagens a 3D.
Uma série de novas tecnologias
A aposta no CUDA, uma tecnologia que permite executar programas de âmbito geral (não gráficos) no GPU, foi, como seria de esperar, reforçada. O mesmo aconteceu com o Physics (aceleração de física nos GPUs). Na verdade, a Nvidia melhorou tecnologias que já tinha, mas também apresentou uma série de novas funcionalidades, que, se aproveitadas, têm o potencial para aumentar em muito o realismo dos jogos.
A Exame Informática já está a testar as novas placas gráficas a vai apresentar um artigo completo, incluindo benchmarks comparativos com os concorrentes directos, na próxima edição.
Estava à espera das novas GeForce? Acha que estas placas vão levar a Nvidia a reconquistar a coroa do desempenho gráfico?