A equipa do projeto RoboFood pretende construir um robô que pode ser engolido e digerido. Agora, os cientistas anunciaram ter conseguido criar a bateria para este robô, que também pode ser digerida, num avanço importante para a investigação. O objetivo é que num futuro não muito distante, profissionais de saúde possam prescrever tratamentos que recorram a pequenos robots que atuam a partir do interior do corpo humano.
Os desafios do projeto passam agora pela miniaturização de todos os componentes, de forma a que o robô possa ser engolido por pacientes sem ter de ser mastigado. Por outro lado, os investigadores esperam avançar também em questões como o sabor, para que possa ser mais agradável ao paladar, avança o BGR.
Segundo a equipa, materiais como borracha ou espuma podem ser substituídos por gelatina ou tortitas de arroz, respetivamente. Uma película de chocolate poderia proteger o robô em ambientes húmidos e, ao misturar amido e taninos é possível imitar cola, indicam os cientistas.
A bateria desenvolvida usa riboflavina e alguns elementos encontrados em amêndoas e alcaparras, além de carbono ativado para facilitar o transporte de eletrões e algas nori para evitar curto circuitos. Cera de abelha foi usada para proteger a bateria de quatro centímetros e que consegue produzir correntes de 0,65V.
O projeto já recebeu um investimento de 3,5 milhões de euros da União Europeia e a equipa, baseada na Suíça, é composta por investigadores de vários institutos europeus. Ainda não há qualquer data estimada para o lançamento deste tipo de robôs.