Da teoria à prática vão muitos quilómetros de distância quando o assunto é o espaço. Um pequeno cubo pode encurtar esta distância e pôr na palma das mãos aquilo que para muitos estudantes é um sonho. Alexandre Ferreira da Silva, professor na Universidade do Minho, procurava uma forma de incluir uma componente mais aplicada ao currículo do recém-criado curso de engenharia aeroespacial. “É uma área de paixões e achei importante complementá-la com uma vertente mais tangível”, diz o docente que integra a equipa de coordenação da licenciatura, iniciada no último ano letivo, com entrada direta para o Top 10 das médias de acesso mais altas.
Depois de alguns contactos internacionais, um colega da universidade americana de Carnegie Mellon (CMU) apresentou-lhe um tipo de satélites educacionais destinados a ser construídos pelos alunos. Estes pequenos satélites de formato cúbico com 5 cm de lado, denominados PocketQube, são feitos com materiais simples e barato, tornando-se numa ferramenta para ensino e investigação acessível.