“Este é realmente um grande momento. Quero aproveitar para dar os parabéns a toda a equipa. Ainda temos muito trabalho pela frente, mas termos conseguido tirar o escudo solar e o desdobrado é algo mesmo, mesmo grande”, afirmou Bill Ochs, gestor de projeto da missão do telescópio James Webb. A equipa anunciou ter conseguido desdobrar com sucesso um escudo que ajudará a manter os instrumentos de observação a salvo de temperaturas elevadas e em temperaturas baixas durante grande parte da missão.
O telescópio espacial esteve em desenvolvimento durante 25 anos, é considerado o sucessor do Hubble e vai expandir a capacidade de observação da comunidade científica. Por ser demasiado grande e demasiado complexo, este telescópio vai passar por uma série de aberturas e desdobramentos já no espaço, não tendo sido lançado já na sua configuração final. Os responsáveis da missão identificam 344 pontos de falha única em todo este processo, ou seja, que podem comprometer todo o projeto se não se desenrolarem como previsto, lembra o The Verge.
Nesta operação, para abrir a membrana de proteção composta por cinco finas camadas de um material refletor chamado Kapton, foram usados 107 mecanismos que tiveram de a manter intacta. Depois de a desenrolar, foi necessário colocá-la na posição correta, à semelhança do que se faz com a vela de um barco.
Todo o processo de abertura e colocação deste escudo demorou pouco mais de uma semana a concluir, acima dos seis dias inicialmente previstos. A equipa do JWST (James Webb Space Telescope) gozou de uma pausa na passagem de Ano e ainda precisou de algum tempo para analisar dados que estavam a ser recebidos entretanto, além de ter enfrentado pequenas dificuldades imprevistas.
Agora, a equipa estima que 70 a 75% dos pontos de falha única já tenham sido ultrapassados e está preparada para os próximos grandes marcos na missão.