A Airbus lidera o consórcio escolhido pela Comissão Europeia para desenhar a futura rede quântica do ‘velho continente’, a EuroQCI, e que se destina a assegurar comunicações seguras entre infraestruturas críticas e instituições governamentais. O grupo de trabalho conta ainda com a Leonardo, a Orange, a PwC França e Magrebe, a Telespazio, o Consiglio Nazionale delle Ricerche (CNR) e o Istituto Nazionale de Ricerca Metrologica (INRiM).
O objetivo é desenhar uma solução integrada com tecnologia quântica e sistemas nas redes terrestres de fibra ótica, com uma segmentação de espaço que assegura a cobertura total na Europa e outros continentes. De acordo com o comunicado de imprensa, isto vai permitir que as instituições governamentais, de controlo de tráfego aéreo, de cuidados de saúde, bancárias e de gestão de abastecimento de eletricidade possam comunicar de forma encriptada e segura, a salvo de ciberameaças. A EuroQCI vai tornar-se a base de uma Internet quântica na Europa, ligando computadores quânticos, sensores e simuladores para distribuir informação e recursos em segurança, explica o comunicado de imprensa.
O início dos trabalhos já aconteceu em 2019, com a assinatura da Declaração EuroQCI onde 26 estados-membro concordaram em trabalhar com a Comissão e com a Agência Espacial Europeia neste projeto.
O primeiro serviço desta rede é a distribuição de chaves quânticas encriptadas (QKD) através de cabos terrestres e usando links laser espaciais, tirando partido dos fotões quânticos para uma transmissão imune a vulnerabilidades.
O consórcio vai trabalhar durante 15 meses nos detalhes da encriptação ponto-a-ponto e desenhar o segmento terrestre de suporte a este serviço, desenvolvendo o plano de implementação detalhado já com estimativa de custos e de prazos para cada fase. A primeira demonstração da EuroQCI deve acontecer em 2024, com o serviço a ficar operacional em 2027.