A China prevê que dentro de 18 meses já tenha a sua Estação Espacial completamente operacional, sendo o ponto de partida o lançamento do módulo central Tianhe, que aconteceu esta semana. O objetivo da China é ter uma presença no espaço, cerca de 30 quilómetros mais abaixo da Estação Espacial Internacional (ISS), mas com capacidade de a mover para cima ou para baixo conforme necessário. A confirmar-se o sucesso desta missão, a base será o 12º local que os humanos podem tratar como ‘casa’ no espaço, desde o russo Salyut 1 em 1971. Atualmente, apenas a ISS se mantém em órbita.
O regime de Beijing pretende atingir objetivos científicos com esta presença e, depois de ter visto vedado o acesso à ISS em 2011, já lançou duas estações espaciais em nome próprio. Em setembro de 2011, a Tiangong-1 foi colocada em órbita, manteve-se em operações durante quatro anos e acabou por despenhar-se no Pacífico em 2016. Nesse mesmo ano, a Tiangong-2 foi colocada no espaço, sendo ‘desligada’ em 2019. Agora, a CSS será a terceira iniciativa do género, composta por três módulos e capacidade para manter três astronautas em órbita durante seis meses, noticia a Cnet.
O módulo Tianhe mede 16 metros e pesa cerca de 24 toneladas. Após este primeiro passo, a China pretende lançar mais 11 missões, ao longo de 18 meses, para completar a construção da base, com outros dois módulos chamados Wentian e Mengtian, onde irão decorrer os trabalhos científicos. A terceira destas missões será a primeira tripulada.
A Estação chinesa vai ter cinco docas para permitir o reabastecimento e deve estar operacional em 2022, depois de alguns atrasos na preparação do foguetão Long March 5B.
Veja o vídeo divulgado pela agência espacial chinesa com o momento do lançamento do Tianhe.