Um projeto liderado por Maria João Ramos, Professora da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), acaba de garantir a luz verde para uso dos supercomputadores disponibilizados pelo COVID-19 High Performance Computing Consortium em simulações relacionadas com o desenvolvimento de potenciais medicamentos e a análise da enzima que permite que o vírus SARS-CoV-2, que está na origem da Covid-19, sobreviva no corpo humano.
O consórcio, que é liderado pela IBM, “tem atualmente mais de 30 supercomputadores com mais de 420 petaflops – para ajudar rapidamente os investigadores de todo o mundo a encontrar formas de combater a Covid-19”.
Além do projeto liderado por Maria João Ramos, foram ainda selecionados mais 39 projetos de investigação da comunidade internacional.
Em comunicado, a IBM informa que o projeto de investigação português é “da responsabilidade do Grupo de Bioquímica Computacional / LAQV, da FCUP” e “está a ser desenvolvido com o apoio da IBM através da plataforma Extreme Science and Engineering Discovery Environment (XSEDE)”
Além do estudo da protéase (a enzima fundamental para a sobrevivência do vírus), a equipa liderada pela investigadora da FCUP deverá contemplar “a apresentação de uma lista de compostos inibidores da protéase principal do vírus, com potencial para servirem de base para o desenvolvimento de fármacos para tratar infeções pelo vírus”, sublinha o comunicado da IBM.