O “Everyday Robot Project” pretende construir máquinas que possam operar em ambientes confusos e imprevisíveis, como o são as casas e os escritórios. Os robôs criados atualmente estão preparados para operar em ambientes específicos e estruturados à sua medida, tornando-se obsoletos se encontrarem alguma circunstância imprevista. É precisamente esta caracaterística adaptativa que Hans Peter Brondmo e a sua equipa da Alphabet X pretendem incutir numa nova geração de robôs, replicando o que se passa com os humanos: «Enquanto os humanos conseguem naturalmente combinar ver, perceber, navegar e atuar para alcançar os seus objetivos, os robôs precisam de ser instruções cuidadas e codificação para poderem fazer cada uma destas coisas», cita o ZDNet.
A Alphabet X tem vindo a testar diferentes abordagens para ensinar estes robôs. A simulação de uma tarefa na cloud, por exemplo, necessita de 100 vezes menos dados do que outras formas e, com treino virtualizado, os robôs conseguem refinar as suas capacidades. Uma das experiências consistiu em treinar milhares de robôs virtuais em ambiente simulado para separar lixo e a investigação conseguiu reduzir a contaminação entre diferentes tipos de lixo de 20 para 5%. Com esta abordagem, não foi necessário ter engenheiros a programar cada pedaço de tarefa, exceção ou melhoria, e os robôs conseguiram apreender essas nuances por si mesmos.
Apesar de a Alphabet, dona da Google, querer colocar estes robôs a operar em ambientes quotidianos domésticos e empresariais, ainda nada garante que esta forma de ensinar máquinas possa ser replicada para outras aprendizagens.
A Alphabet tem crescido neste setor com a aquisição de startups e empresas com créditos firmados especailizadas em robótica.