É mais um geoglifo descoberto nas Linhas de Nazca, mas desta feita foi um sistema de inteligência artificial o responsável pelo trabalho. A ilustração foi desenhada com a remoção das pedras escuras no deserto de Nazca e deixando a areia branca à vista. Esta imagem mostra uma figura humanoide a segurar um objeto e mede cinco metros. Ainda não se conhece qual a função exata destas imagens.
Investigadores da Universidade Yamagata, no Japão, explicam que é uma área na qual produzem investigações frequentemente, mas que não sabiam que aquele geoglifo ali estava. Os trabalhos de observação e análise, quer no próprio local, quer com imagens aéreas já decorriam há quase dez anos. Os arqueólogos conseguiram identificar 142 novos desenhos no deserto e o sistema de Inteligência Artificial foi responsável pela 143ª descoberta. Na prática, o sistema, da tecnológica IBM, analisou todas as imagens já verificadas pelos humanos e descobriu mais uma figura, explica o The Verge.
As figuras das Linhas de Nazca datam do ano 100 a.C. e estão bastante bem conservadas para a idade que têm. De uma forma global, os cientistas dividem-nas em Tipo A e Tipo B, com as primeiras a ocuparem até 370 metros e a terem um significado ligado a rituais, dado os fragmentos de cerâmica encontrados à volta. As do Tipo B são mais pequenas em tamanho.
Um investigador da IBM envolvido neste trabalho explicou que a descoberta foi complexa porque menos de cem geoglifos haviam sido detetados e cada um apresentava tamanhos e formas diferentes, tornando difícil “explicar” ao algoritmo o que tinha de procurar.