A partir de determinado ponto, o Sol deixa de exercer a sua influência nos planetas e cria-se uma fronteira onde hidrogénio interstelar se acumula contra a energia dos ventos solares. Esta “parede” de hidrogénio marca o fim do Sistema Solar e foi agora “vista” pelo instrumento Alice da sonda New Horizons.
As novas medições corroboram as que tinham sido feitas pela Voyager há 30 anos. Hoje, a sonda New Horizons, a mais de 6 mil milhões de quilómetros da Terra e muito para lá de Plutão, detetou um brilho que indicia a interação das partículas de hidrogénio com os ventos solares.
De acordo com o Gizmodo, Randy Gladstone, do Southwest Research Institute, aventura a hipótese de ser algo diferente, mas os cientistas pretendem observar o sinal duas vezes por ano para perceber melhor do que se trata.
A New Horizons está a preparar a sua visita ao objeto da Cintura de Kuiper 2014 MU69, uma rocha de 30 quilómetros de extensão, e depois continuará o caminho em direção ao fim do Sistema Solar. Esta fronteira é difícil de definir: no fim da influência dos ventos solares, há a nuvem Oort, uma um conjunto gelado de cometas que orbitam em torno do Sol. A sonda deve continuar o seu caminho para lá de outros objetos da Cintura de Kuiper, caso consiga luz verde da NASA.