Os investigadores Wang Changan, da Universidade Tsinghua em Pequim, e Li Ju, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, fizeram uma descoberta que pode permitir que as baterias dos dispositivos móveis do futuro tenham um tempo de vida quatro vezes maior do que as atuais. Para tal, recorreram a componentes químicos que fazem com que as baterias percam as suas capacidades de carregamento de forma muito mais lenta do que acontece nos dias de hoje.
Curiosamente, os cientistas chegaram a estas conclusões quase por acidente. Segundo o Tech Radar, a dupla estava a estudar formas de remover o revestimento de óxido de nanopartículas de alumínio. Ao estudarem as nanopartículas, os investigadores descobriram que podiam protegê-las através da utilização do material condutor óxido de titânio que, neste caso, substitui os ânodos de grafite que se costumam encontrar nas tradicionais baterias de iões de lítio. Como os ânodos de grafite contraem e expandem quando a bateria fornece energia ao dispositivo, este processo leva a que bateria venha a tornar-se menos efetiva com o passar do tempo.
Wang Changan e Li Ju construíram baterias baseadas nas novas nanopartículas e concluíram que, após 500 ciclos de carga, elas mantinham quatro vezes mais capacidades do que as tradicionais baterias de iões de lítio que foram sujeitas aos mesmos testes.
Importa salientar que esta descoberta não significa que as baterias venham a ter uma autonomia quatro vezes maior, conseguirão é ter um ciclo de vida maior, ou seja, aguentarão mais tempo sem ser preciso trocá-las.