De acordo com o comunicado de imprensa, o consórcio irá receber um financiamento de €3,99 milhões – dos quais €760 mil para Portugal – durante os próximos quatro anos, proveniente dos projetos FET (Tecnologias Emergentes e Futuras, em inglês) do programa Horizonte 2020.
Este projeto, que foi batizado de Voxel, visa desenvolver uma solução disruptiva para a tomografia de raios X, permitindo obter imagens 3D com doses mínimas de radiação ionizante, sendo que a tecnologia representa uma alternativa à radiografia tradicional e tem aplicações como a medicina dentária, traumatologia e deteção do cancro, bem como o estudo de materiais.
A tecnologia em que se baseia o projeto já existe para a luz visível e designa-se por imagem plenóptica, que consiste em utilizar um sensor especial de fotografia capaz de registar a imagem e a direção dos raios de luz. Essa informação é então processada para reconstruir uma imagem em profundidade, passando de um pixel (a duas dimensões) para um elemento de volume ou voxel (a três dimensões).
Assim, o desafio da equipa de investigação – que tem Marta Fajardo, Investigadora FCT do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear do Instituto Superior Técnico, como coordenadora do projeto – consiste em desenvolver uma nova câmara de raios X baseada neste princípio. Para isso, o consórcio alia especialistas nesse tipo de sensores (que inclusivamente já os aplicaram à imagem do olho humano) a especialistas em raios X, metrologia e tomografia, e reconstrução de imagem tridimensionais.