Foi desenvolvido em Berkeley como um daqueles projetos que os investigadores fazem nos tempos livres. O Sonic Eye usa técnicas de ecolocalização para enviar sons que “batem” nos objetos e, ao voltar, permitem identificar o que rodeia o utilizador. É o mesmo princípio que os morcegos usam para ver na escuridão e que ao qual os golfinhos recorrem para ver a maiores distâncias.
Este Sonic Eye tem, no topo, uma coluna de som que emite pequenos (em duração) ultrassons. O som é devolvido a duas colunas de barro que estão no capacete e que são equipadas com dois microfones ultrassónicos. O som é gravado num computador que os desacelera 20 vezes em relação à velocidade original.
Este abrandamento do ritmo é fulcral para que o ouvido humano possa percecionar os ecos ultrassónicos. É assim que é possível aos utilizadores perceber de onde vem o som, a que distância está o objeto e, claro, mapear o que os rodeia.
Testes realizados pela equipa de investigadores que lidera o projeto mostram que os sujeitos (vendados) conseguiram perceber se um prato tinha sido deslocado 20 centímetros da esquerda para a direita (ou vice-versa).
Para os neurocientistas, o Sonic Eye prova que o ouvido humano tem a capacidade inata de compreender ambientes de alta definição. Aliás, os especialistas querem agora perceber onde é que o cérebro humano processa a ecolocalização. Ao que tudo indica, pelos estudos efetuados, os sinais são interpretados numa área diferente os outros tipos de som.