O projeto “Photogrowth: Ant Painting” valeu a investigadores do Laboratório de Visualização e Design Computacional da Universidade de Coimbra (UC) o prémio “Best Paper Award” naquela que é provavelmente a principal conferência europeia de música e arte evolucionária realizada na Europa. O prémio da EvoMUSART foi atribuído há duas semanas em Granada, Espanha e já valeu o destaque na revista de arte generativa Leonardo.
“Photogrowth: Ant Painting” recorre a centenas ou mesmo milhares de formigas artificiais que recriam imagens seguindo os princípios da denominada representação não fotorrealista de imagens. «As formigas consomem a energia da fotografia fornecida pelo utilizador, efetuando vários passeios sobre a imagem. Enquanto passeiam geram pinturas da sua autoria noutras telas, de acordo com o desejo artístico indicado», explica Penousal Machado, coordenador do projeto e investigador do Laboratório de Visualização e Design Computacional da Universidade de Coimbra (UC).
Um comunicado da UC revela que as formigas artificiais guiam as suas opções artísticas em consonância com várias “fontes de inspiração”. Além das imagens e das afinações inseridas pelos utilizadores, as formigas pintoras põem em prática algoritmos de inspiração biológica, que permitem transpor para a tela virtual alguns dos princípios que vigoram na natureza.
Os investigadores da UC garantem que as formigas pintoras podem ser usadas tanto por especialistas como por amadores para abrir caminho a «uma nova abordagem de produção visual que abre um mundo de possibilidades de exploração criativa. É uma ferramenta que permite criar imagens únicas, de elevada complexidade, e de estilos próprios», garante Tiago Martins, investigador da UC, em comunicado.
Pode ver as formigas pintoras a produzirem uma das suas obras de arte no vídeo que se encontra inserido nesta página.