A investigação científica está a ser efetuada na Universidade de Washington, Estados Unidos, e tem por objetivo demonstrar que a memória não é permanente e pode ser moldada de forma a tratar quem sofre de stress pós-traumático ou, por exemplo, de um qualquer vício.
Num inquérito realizado por esta instituição, citado pelo Independent, foi perguntado a uns quantos adultos sobre os seus hábitos de alimentação e de consumo de álcool antes de terem 16 anos. Uma semana depois, os investigadores voltaram a questionar as mesmas pessoas, fornecendo-lhes uma análise ao questionário onde era mencionado, erradamente, que eles teriam ficado doentes depois de beber rum ou vodka quando eram adolescentes.
Um em cada cinco intervenientes no estudo, não percebeu a mentira e até criou memórias falsas sobre esse evento referindo que, desde aí, deixaram de ter tanta apetência para beber álcool. A experiência demonstra o quão fácil é criar uma falsa memória e os mecanismos que o cérebro utiliza para construir “novas realidades”.
Outro estudo, referido pela Popular Science, está a servir para testar em ratos, alguns químicos que permitam apagar a memória e reescrevê-la. As experiências que têm sido relatadas referem-se a testes já feitos em julho e, nos quais, foi possível dar memórias falsas a um rato.
Os cientistas procuram a criação de medicamentos que possam vir a apagar memórias em pacientes que sofram de doenças que estejam associadas, por exemplo, a eventos traumáticos.