
A QSAlpha é desconhecida de quase toda a gente – e nem sequer surge nos resultados de pesquisas do Google. Mas o desconhecimento generalizado em torno da marca, não impede a QSAlpha de iniciar o desenvolvimento daquele que pretende ser o telemóvel mais seguro do mundo.
A máquina tem o nome de Quasar IV; até 12 de setembro, o projeto deverá ser apresentado na plataforma de crouwdfunding Kickstarter com o objetivo de angariar 2,1 milhões de dólares e assegurar a estreia comercial do novo telemóvel anti-escuta e anti-intrusão em abril de 2014.
À Ars Technica, os mentores da chinesa QSAlpha explicam que o desenvolvimento do Quasar IV teve início com uma questão eventualmente inspirada em filmes de ação: «Se os ninjas tivessem telemóveis, como é que seriam esses telemóveis?».
A resposta à questão já está a ser trabalhada nos laboratórios da empresa de Taiwan: o Quasar IV deverá dispor de um sistema de encriptação proprietário que dá pelo nome de Quatrix e ainda de uma loja de apps específica para as máquinas desenvolvidas pela nova marca. Em vez de criarem um sistema operativo de raiz, os especialistas da Quasar IV adotaram o Android 4.3 e procederam a várias transformações com o objetivo de melhorar a segurança dos novos terminais. Ainda no que toca às proteções anti-hacker, destaque para a inclusão de um módulo de hardware que tem por opbjetivo criar uma camada de encriptação complementar.
A informação armazenada nos telemóveis está encriptada – e as comunicações entre os vários telemóveis da mesma marca recorrem a chaves de criptografia públicas e privadas.
Steve Chao, o líder da nova marca, garante que o sistema criptográfico do Quasar IV é superior às soluções que hoje existem noutros telemóveis que operam com Android.
A QSAlpha está apostada em explorar oportunidades de negócio que possam surgir após o caso de ciberespionagem revelado pelo ex-operacional da NSA Edward Snowden, mas recorda que a criptografia dos ninjas apenas pode ser assegurada em comunicações entre telemóveis da mesma marca. «Em vez de recorrer a terceiros para o alojamento ou fornecer as chaves de encriptação privadas, criámos uma matriz de geração de chaves, que pode produzir 10^77 (“dez elevado a 77”) chaves para todos os utilizadores», informa Steve Chao.
Os especialistas de criptografia contactados pela Ars Technica não estão tão otimistas quanto à eficácia do novo sistema – e recordam que o sistema de criptografia proprietário serve de garanti antoi-intrusão. O que poderá não ser suficiente para garantir ao Quasar IV o título de telemóvel mais seguro do mundo.