A NASA explicou a semana passada que pretende enviar uma nova sonda para Marte, em 2020, com o objetivo de recolher amostras do solo. A novidade é que a Mars 2020 está a ser desenvolvida para que possa enviar as amostras para a Terra, de alguma forma.
Vários investigadores e analistas pedem que a agência espacial norte-americana deixe incluir na viagem da sonda material que possa ser usado para detetar vestígios biológicos de vida daquele planeta. Chris Carr, do Search for Extraterresterial Genomes (SETG) afirma que conseguem ter o equipamento preparado até 2020, noticia a NewScientist.
O professor Paul Davies explica que a relutância da NASA é «sempre a mesma história deprimente de (…) vetar qualquer proposta para fazer experiências biológicas em Marte».
Há um outro projeto que pretende criar condições favoráveis ao aparecimento de vida em Marte, como um sítio resguardado do calor e da secura, abrigado da radiação. Os teóricos da Washington State University acreditam que há micróbios adormecidos em Marte e que, se forem oferecidas as condições ideais para o florescimento, a vida surgirá. Estes investigadores pretendem disparar uma série de material a partir da sonda da NASA em solo marciano, com diferentes controlos, para verificar se a vida se torna detetável no Planeta Vermelho.
A estratégia da NASA para a recolha das amostras apanhadas pela 2020 deve passar pelo envio de mais duas sondas que fiquem a orbitar em Marte. Estas duas outras sondas, que devem apanhar as amostras e voltar para a Terra, devem poder levar os instrumentos de análises biológicas para o planeta vizinho.