O grupo espanhol da Indra, que liderou o consórcio Optix, reclamou o pioneirismo no desenvolvimento de um dispositivo laser transportável que está apto a identificar, remotamente, a estrutura atómica e molecular de materiais explosivos. Um comunicado do consórcio Optix informa que o dispositivo pode ser usado a mais de 20 metros de distância do objeto que se pretende vistoriar.
Além de transportável, o detetor de explosivos pode ser usado sobre qualquer superfície (as rodas e o fecho de uma porta de automóvel, ou os vários espaços de parque de estacionamento são os exemplos dados pelos responsáveis pelo projeto).
Para criarem o novo detetor de explosivos, os investigadores espanhóis recorreram a duas tecnologias: uma primeira denominada de Espectroscopia LIBS, que analisa o fenómeno de rutura atómica e molecular gerada pela incidência de um laser de alta energia; e uma segunda apelidada de espectroscopia de Raman, que classifica as variações dos estados de vibração das moléculas excitadas pelo laser.
Na Indra, é dada a garantia de que o sistema contribui para a criação de espaços em que é potencialmente impossível a passagem de explosivos não detetados: «A deteção de vestígios de explosivos vai aumentar a segurança em todos os cenários. Não só a segurança será reforçada, como os inconvenientes para os cidadãos serão significativamente reduzidos através do uso de um sistema de deteção de explosivos sem perigos e não-invasivo” explica Alberto Calvo, Diretor de Segurança da Indra, no comunicado.
O consórcio, que contou com o apoio da UE, pretende começar a testar o novo dispositivo com as polícias de Espanha, Itália, Polónia e Roménia.