Um dos grandes problemas de voar a velocidades acima de Mach 1 (velocidade do som) é a “explosão” sónica provocada, um som muito ruidoso que surge durante a passagem do regime subsónico para o regime supersónico.
O Concorde, até agora o único avião de passageiros que voou regularmente acima da velocidade do som (Mach 2), só atingia velocidades supersónicas depois de se afastar da terra e depois de atingir uma grande altitude sobre o Oceano Atlântico. Uma técnica utilizada para evitar os problemas do sonic boom e a razão pela qual até hoje não se considerava realista criar rotas comerciais supersónicas em voos sobre a terra.
No entanto, o problema do sonic boom poderá ter sido resolvido por uma equipa de investigadores do MIT e da Universidade de Stanford. Na verdade, de acordo com o Gizmodo, a solução foi encontrada já em 1950 pelo engenheiro alemão Adolf Busemann, que conclui que a utilização de duas asas triangulares (biplano) com as pontas a tocarem-se eliminava o ruído sónico. Agora os referidos investigadores melhoraram o desenho conceptual de Adolf Busemann de modo a que possa ser implementado num avião funcional, capaz de atingir velocidades superiores a Mach 5 (cinco vezes a velocidade do som) e com metade do consumo de combustível dum avião com desenho mais convencional.