O mais recente estudo com esta temática incidiu sobre uma bomba de insulina eletrónica, que milhares de diabéticos dos EUA usam para manter automaticamente os níveis indicados de glucose no dia-a-dia.
De acordo com o estudo, qualquer pessoa com conhecimentos mínimos de tecnologias poderá comprar numa loja um equipamento de comunicações sem fios compatível e tentar aceder ao "sistema" que gere a bomba de insulina usada por uma pessoa que se encontra nas imediações.
Segundo os investigadores Anand Raghunathan, Chunxiao Li e Niraj Jha, um hacker pode aceder sem grande dificuldade aos dados relativos à glucose e às dosagens de insulina que são processadas pela bomba eletrónica.
Caso consigam obter o PIN de segurança do dispositivo, os mesmos criminosos poderão controlar as doses de insulina injetadas no organismo da vítima.
As bombas de insulina eletrónicas são apenas um dos exemplos dos riscos de segurança que pairam sobre os dispositivos eletrónicos usados no interior do corpo humano. Há três anos, um grupo de peritos demonstrou ser possível desencadear choques mortais nos corações dos utilizadores de pacemakers.
Anand Raghunathan e Niraj Jha sugerem que os dispositivos integrados nos corpos humanos passem a ter sistemas de segurança similares aos usados nas portas de garagens a partir de automóveis ou que recorram a soluções que exigem a comunicação através da pele, informa a MSNBC.
Nos EUA, a Food and Drug Administration (FDA) já começou a trabalhar com peritos e fabricantes de equipamentos com o objetivo de desenvolver novos sistemas de segurança para as próteses e implantes eletrónicos.