Na Technology Review, a equipa de investigadores norte-americanos mostra num vídeo como criou este órgão e dá a conhecer o potencial desta técnica para futuros transplantes.
Os tecidos dos pulmões são conhecidos por não se regenerarem – o que torna o transplante a única solução para o danos mais críticos. A este fator pode acrescer outro: dizem as estatísticas que, devido às infeções e rejeições, apenas 10% dos doentes que se sujeitaram a transplantes de pulmões sobrevivem mais de 10 anos.
Os investigadores da Universidade de Yale, EUA, acreditam que a criação de pulmões com células do dador poderá reduzir substancialmente os riscos de infeção ou rejeição dos pulmões transplantados.
Para criar os novos pulmões, os cientistas extraíram todas as células a partir de pulmões de ratos mortos. Posteriormente, o tecido restante – e sem células – foi "povoado" com múltiplas células de um feto de rato.
O novo pulmão ficou, depois, conectado a um bioreactor que assegurou a ventilação do órgão. Nos tempos que se seguiram, os investigadores verificaram que as células dos dadores se multiplicaram no órgão renovado.
Outras equipas de cientistas já tinham recorrido a técnicas similares para fígados e corações – mas os pulmões representam um desafio acrescido, dada a variedade das células e a complexidade das funções que assumem.
Apesar de se perfilar como um caminho de investigação possível para a reprodução de órgãos, a nova técnica está ainda longe de ser aplicada em humanos. Para já, os investigadores de Yale estão apostados em criar novos pulmões para ratos, que assegurem as funções de respiração durante mais tempo.
***Este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico***