A NASA lidera uma equipa de investigadores que está a analisar amostras recolhidas do asteroide Bennu e que foram enviadas para a Terra. Num comunicado, a divulgar o estudo publicado nas revistas Nature e Nature Astronomy, a agência revela que “as condições necessárias para o surgimento de vida estavam dispersas nos primórdios do sistema solar”.
Além dos blocos fundamentais para a vida, com moléculas como aminoácidos, a amostra tinha também “evidências de um ambiente antigo bem preparado para arrancar a química da vida”, cita o The Verge. Esta descoberta suporta as teorias de que os aminoácidos necessários para a vida surgir na Terra possam ter tido origem noutros locais, “aumentando as probabilidades de que a vida se formou noutros planetas e luas”.
Na amostra, a equipa encontrou 14 dos 20 aminoácidos usados para produzir proteínas pelos seres vivos na Terra, incluindo bases essenciais para a criação de ADN e RNA. A equipa, que tem investigadores do Museu Nacional de História Natural Smithsonian e do Museu de História Natural de Londres, encontrou vestígios de minerais que indiciam a presença de água salgada no asteroide de 4,5 mil milhões de anos de idade de que fazia parte o Bennu.
As amostras foram recolhidas pela sonda OSIRIS-REx que se aproximou do Bennu em 2018 e passou dois anos a estudá-lo de perto, tendo mesmo tocado na superfície em 2020. O material foi selado numa cápsula e enviado depois para o nosso planeta, tendo chegado em setembro de 2023.